JAZZ


eu ja estudei 3 anos de jazz e acredite é uma tarefa bem legal e enpolgante, se você ainda nao esperimentou esta dança saia e procure saber o lugar mais perto de sua casa para você experimentar a verdadeira dança jezz,  é muito legal e ajuda no nosso alongamento.
-então o alongamento: o alongamento ajuda nossos musculos se esquentarem, muitos coreografos dizem que não é bem *esquentarem* mas sim aquecerem o musculos ou se não o corpo.
-a dança: a parte da dança é muito entreterativa no dia-dia principalmente a musica ou a tradução, porque, assim, se vc não esta muito bem em sua vida quer esquecer um pouco dos problemas experimente oque te disse, vai ser muito bom para você. uma dica quando estiver dançando pela primeira vez, se esforce na hora de se alongar porque se nao pode se machucar ou enstender algum musculo e isto vai doer muito, mais uma coisa tente perceber cada som ou nota da musica tente entrar dentro da musica e dançar com a melodia que vier em sua cabeça.
 lembre sempre doque vou dizer agora* nunca ache que você dança para musica porque não  é a musica que dança para vc e muito mais se você acreditar nela*.


Vários especialistas escrevem e vendem milhares de livros tentando nos dizer o que é o jazz. Quase sempre, no início dessas obras, assumem uma traiçoeira imagem de humildade repetindo as palavras de Louis Armstrong: ‘se você precisa perguntar o que é jazz, então você nunca vai saber’. Mas, aos poucos, esses especialistas não se agüentam e começam a escrever uma série de bobagens. Uma delas, bastante comum nos manuais, é ridicularizar as opiniões dos próprios músicos de jazz sobre o que seja jazz – ora, se as pessoas que fazem jazz não sabem o que tocam, como um especialista teórico em jazz vai saber? Jo Jones, grande baterista e arremessador de pratos, dizia que jazz é ‘tocar o que se sente’. Para o sempre amistoso Miles Davis ‘jazz é uma palavra crioula que os brancos despejaram sobre os negros’. Depois da sessão de humildade e das citações, os teóricos partem para a construção de imensos sistemas axiomáticos, cuja finalidade é comprovar que o jazz pode ser traduzido em palavras, partituras e gráficos. A grande maioria desses sistemas não passa de um giro retórico, repleto de notas de rodapé, quase sempre financiados por alguma universidade (aquele local onde se aprende a não dizer nada em vários volumes). As falácias são quase sempre as mesmas: que o jazz nasceu em New Orleans; que nasceu por volta de 1900; que foi criado pela mistura de uma multiplicidade de estilos anteriores, entre eles as work songs, os field rollers, os spirituals, o blues e o ragtime; que é caracterizado por um ritmo complexo e ‘propulsivo’ de origem africana; que é caracterizado por conjuntos que tocam na base da improvisação coletiva, com solos virtuosos e liberdade melódica, quase sempre com referência à harmonia européia ligeira ou, dependendo da época, profundamente modificada.
Ou seja, não chegam a lugar algum. O que me parece realmente significativo no jazz é o elemento sociológico, elemento que raramente é tratado – melhor seria dizer enfrentado – pelos críticos: quantos dos amigos navegantes sabem qual o número de judeus mortos no holocausto nazista? Creio que um bom percentual de leitores responderá 6 ou por volta de 6 milhões. E não me venha com aquela estória de que faltou orégano que o assunto aqui é sério. O mundo todo chorou esse crime, Hollywood promoveu muito esse choro, todos fizeram alarde, seja por um sentimento de indignação sincero, seja por interesse diverso ou escuso. O que quase ninguém chorou, o que ninguém denunciou devidamente, é que o número total de escravos importados da África não é conhecido exatamente. O que se sabe é que 900 mil foram trazidos para a América no século XVI; aproximadamente 3 milhões no século XVII; mais 7 milhões no século XVIII e 4 milhões no século XIX. Para cada um desses escravos que chegavam vivos em seus cativeiros, cerca de 5 eram mortos durante as capturas ou em alto mar. Ou seja, o comércio de escravos significou a eliminação de 60 milhões de africanos. Bem mais que os 6 milhões de judeus. E esses dados são fruto de pesquisas sérias (veja, por exemplo: The Black Triangle, de Armet Francis ou The Black Holocauste For Beginners, de S. E. Anderson).
A questão crucial então, como sempre salientou Miles Davis, é dizer que o jazz é o fruto musical de uma imensa revolta de 15 milhões de escravos, de 15 milhões de pessoas negras lamentando sua dor. O jazz nasceu como um código musical que procurava unir um povo dizimado, humilhado, seviciado, explorado e, após a abolição, abandonado por seu donos. Um povo que, apesar de tudo, precisava dançar, sorrir, relaxar, amar, experimentar e criar. O jazz é isso: é o que Jackie McLean e seus amigos Bill Hardman (t), Mal Waldron (p), Paul Chambers e Philly Joe Jones (d) fazem no álbum Jackie’s Pal (no pw), gravado em 31 de agosto de 1956 para a Prestige. Oxalá!